Madeira, argila, areia, água e palha. Esses foram os materiais que as crianças do Green Group 2 AM de 2018 descobriram como possíveis matérias-primas para a construção de casas.

A investigação que aconteceu no segundo semestre do ano passado começou cheia de curiosidade, “seguindo o tema de interesse sobre construções, apresentado pelas crianças nos primeiros meses do ano”, explica a professora Tatiane Rigonati.

Atenta, a turma observou diversas fotografias de casas construídas por técnicas de bioconstrução. E logo perceberam que a diferença entre as casas feitas de bambu e pau a pique, e as construções que estão acostumados a ver nas ruas está na origem dos materiais.

A estrutura daquelas casas vinha da natureza. Mas e a escola? A escola é feita de tijolos. Mas do que é feito o tijolo? Algumas hipóteses surgiram, e o grupo colocou a mão na massa para testar duas possibilidades: água e areia, terra e areia.

“Segundo as crianças, não poderia ter muita água, pois ficaria mole; e nem muita areia e terra, pois ficaria muito duro”, conta a professora. Misturas feitas, colocadas em moldes e postas ao sol para secarem.

Quando chegou o momento de desenformar, uma surpresa: os tijolos desmoronaram. O grupo concluiu, então, que aqueles materiais escolhidos não são úteis para a construção de uma casa.

As descobertas sobre bioconstrução e suas possibilidades não pararam por aí. Como finalização do projeto, a turma construiu uma casinha criada a partir de recursos naturais que pode ser vista por todos que percorrem os espaços da Educação Infantil. Símbolo do trabalho coletivo das crianças e de suas famílias, a casa recebeu um cantinho especial, ao lado da composteira e da horta.