Durante as últimas semanas, protestos e manifestações antirracistas estão acontecendo em diversas cidades do mundo e nas redes sociais em resposta à morte do menino João Pedro (RJ), George Floyd (EUA) e tantas outras vidas negras perdidas. As imagens são chocantes e revelam em que ponto a humanidade se encontra com relação à equidade de raças.
O racismo é problema de ordem estrutural, com raízes muito profundas, e está, ainda, por ser curado. É algo que afeta os espaços institucionais, nossas relações pessoais e vocabulário, muitas vezes de forma inconsciente. Por isso, como escola, é fundamental olharmos constantemente para a temática racial e trabalharmos diariamente para transformar esta realidade. No ano passado, a equipe da be.Living participou de uma formação em Educação Étnico-Racial, com várias palestras ministradas por profissionais de diferentes áreas. A partir destas conversas, foi aberto um espaço de amplo diálogo e os professores puderam refletir sobre como abordar questões relacionadas à representatividade com as crianças. O estudo estimulou uma maior democratização de informação e conhecimento, buscando valorizar e fortalecer as diversas identidades étnico-raciais de crianças e demais envolvidos no processo de aprendizagem escolar. A partir de então, projetos começaram a ser pensados com um olhar mais atento para estas questões e os repertórios literários e culturais foram ampliados.
É importante estarmos sempre abertos para ouvir e enxergar novas e diferentes perspectivas e, assim, colaborarmos com a construção de um espaço plural que reconheça e valore os saberes e a beleza que há nas mais diversas etnias. Esperamos que ações e propostas pedagógicas trazidas com este cuidado de oportunizar diferentes narrativas possam ajudar a traçar novos caminhos e colocar cada vez mais em pauta a questão do respeito e equidade racial, não somente na escola, mas em toda a sociedade.