Democracia em sala de aula

O que é uma democracia? Para que serve uma constituição? Foi a partir de questionamentos como esses que as meninas e os meninos do Year 5 do Ensino Fundamental iniciaram uma longa jornada. 

Discutiram sobre formas de organizar a vida em sociedade, entenderam a importância dos direitos humanos, mas foram além: trouxeram os aprendizados para dentro da sala de aula, para que pudessem vivenciar, no dia a dia, um ambiente democrático.

E já que em uma democracia há sempre uma constituição, a turma decidiu criar o próprio documento. Juntos, listaram os valores da sala, o objetivo de estarem naquele espaço, os direitos de cada um e o que precisam garantir para que a sala funcione.

Com uma caneta tinteiro em mãos, assinaram a constituição como forma de comprometimento e a deixaram pendurada na sala.

“The class can change with this. We will be comfortable for not having these troubles in our class. I was tense when we needed to sign the Constitution”, conta Raul, aluno do Year 5.

“A ideia de fazer isso no início do segundo semestre sinaliza para eles que, após assinada, a constituição precisa ser respeitada”, explica Gabriela Fernandes, coordenadora do Ensino Fundamental.

O caminho percorrido pela turma passou pelos Estados Unidos dos anos 60, que viveu a luta pelos direitos dos afroamericanos, por jogos em grupo, por encenações teatrais e pela leitura de livros como o da Malala. Atividades trabalhadas tanto em português quanto em inglês, durante um trimestre.

“Alguns já tinham ouvido falar da palavra democracia, mas foi um processo para eles entenderem que para esse documento ser democrático, ele precisa ter a participação de todo mundo, que precisa ter a ideia de soberania popular”, comenta Flávia Belletati, professora do Year 5.

Aos poucos, as discussões foram avançando e as crianças compreenderam o que faz um país ser democrático, e olharam para a constituição como o resultado da conquista de um povo.

“A importância da Constituição é a gente ter um combinado e respeitar mais um ao outro, ser mais legal, fazer um trabalho junto para que a gente possa ir longe com isso”, resume Giulia, aluna do Year 5.

No final, entenderam o Year 5 como um grupo responsável por suas atitudes, com autonomia para decidir internamente as regras de convivência. “Acho que esse processo foi muito legal para eles, para entender que não é a professora que diz o que precisa fazer; eles sabem. Isso traz responsabilidade para eles”, conta Flávia.

 

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