É no contato com a arte que as crianças se expressam, ampliam olhares sobre si e enxergam o mundo (e os outros) de novas formas.
E foram essas descobertas e explorações da Educação Infantil que ocuparam cada cantinho da be.Living na manhã do último sábado (19), na XX Art Fair.
“Infinita Matéria” foi o tema-inspiração dos projetos, que incluem desenhos, pinturas e trabalhos manuais diversos. Manifestações individuais e coletivas, produzidas a partir de técnicas e suportes explorados na rotina escolar dos grupos.
A investigação das meninas e dos meninos do Green Group 2 AM partiu de uma questão: “Como a arte se encaixa no nosso dia a dia?”.
Testando encaixes e desencaixes, modificaram a matéria. Com papelão, fizeram escultura. O papel se transformou em dobraduras de origamis e figuras geométricas por meio do Tangram, o quebra-cabeças chinês.
Já o Blue Group olhou para dentro para fazer arte. “Do que somos feitos?”, foi a pergunta que levou as crianças a uma criativa jornada sobre corpo humano e consciência corporal.
Discutindo sobre as partes visíveis e invisíveis do nosso corpo, mapearam nossa estrutura óssea e descobriram maneiras de conseguirmos enxergar nossos órgãos.
Outro grupo, por outro lado, encontrou inspiração artística no céu. A partir de observações e reflexões, o Green Group PM experimentou formas de representar o sol, a lua e as estrelas.
Ao longo do projeto “To the Moon and Back”, as crianças testaram tonalidades e diferenças das cores na presença ou na ausência de luz.
A natureza também foi o ponto de partida do Red AM. Os insetos encontrados nas árvores, frutas e vegetais da horta despertaram curiosidades no grupo.
Conheceram algumas obras de Giuseppe Arcimboldo, Kathy Klein e Ernesto Neto. Aí surgiu a ideia apresentada na Art Fair: usar sementes, flores, folhas, frutas e legumes para compor peças de arte originais que despertem os cinco sentidos.
Folhas de diversas formas também puderam ser apreciadas nesse dia. Onde? No muro da quadra. Lugar onde, todos os anos, as crianças do Blue deixam suas marcas por meio de uma produção artística, como ritual de passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental.
Usando stencil, o grupo recriou folhas de PANCs (plantas alimentícias não convencionais), atento às suas características, semelhanças e diferenças.
O processo artístico dos mais pequenos não foi diferente. Os grupos de Yellow Orange experimentaram novas sensações no corpo (“E se a gente passar tinta no pé?”), nos ambientes (“Vamos ficar no escuro? Como a luz altera as cores que vemos?”) e no cotidiano (“Quais materiais do dia a dia podemos reutilizar para criar arte?”).
Pincéis, tintas, penas, lâmpadas, areia, gelo, giz de cera… Possibilidades artísticas infinitas, que ajudam a desenvolver habilidades tão importantes na primeira infância, como autonomia, sensibilidade, identificação, criatividade e coordenação motora.