Com quantos nós se faz uma rede? Este é o questionamento proposto pela VIII edição da MAC – Mostra de Artes e Ciências da be.Living.
A partir desta questão, as crianças do Ensino Fundamental pensaram sobre as diferentes possibilidades de “redes” que existem no mundo.
Elas identificaram que há redes de conexão e integração, redes de ajuda, redes que operam no âmbito coletivo e da troca, redes que unem, redes que separam, redes que aprisionam, redes que informam, redes que desinformam, redes que circulam e sustentam a esperança e o amor no mundo.
Na escola, há esta imensa rede de pares, professores, famílias e funcionários. Incrível ver como uma mesma palavra pode ter tantos significados dependendo da forma como a usamos e do sentido que damos a ela!
A pergunta, então, se aprofunda: E nós? Quem somos e quais papéis assumimos nas redes das quais fazemos parte?
Refletir sobre as diferentes relações que estabelecemos com os seres vivos e com o meio que habitamos, em diferentes situações, contextos e perspectivas foi o foco investigativo dos processos de ensino e aprendizagem nas áreas de Ciências Naturais, Ciências Sociais e Artes, compartilhados nessa MAC com toda a comunidade.
Cada turma preparou com muito empenho e dedicação a apresentação de seus projetos de pesquisa, promovendo, através de diferentes linguagens e pontos de vista, uma reflexão profunda sobre o tema.
A coordenadora Gabriela Fernandes explica que a MAC surgiu justamente com um propósito reflexivo, de um ideal de educação que visa a formação de um cidadão crítico e socialmente atuante. “As Artes e as Ciências Naturais e Sociais são essenciais no processo de compreensão do mundo e de suas transformações, possibilitando que o ser humano se reconheça como parte integrante do Universo e se posicione na vida como um indivíduo consciente e participativo”.
Ela afirma que todo o processo vivenciado na MAC – desde a definição do tema, as investigações, a escolha coletiva do logo, a preparação e os ensaios das apresentações, busca desenvolver, sobretudo, o protagonismo dos estudantes. “Estamos oferecendo para eles espaços e oportunidades para que coloquem suas ideias, para que encontrem escuta e apoio, para que persigam suas perguntas, confirmando, refutando ou reconstruindo suas hipóteses, além do acolhimento necessário e da valorização de suas propostas para transformar o que os incomoda. A melhor parte da MAC é que tudo é construído coletivamente, a partir de trocas significativas entre crianças de diferentes faixas etárias, professores, famílias e funcionários da escola. É a nossa rede de apoio, de valorização ao conhecimento e ao afeto, materializada em ação”.