Na be.Living, a natureza não é apenas um cenário para a aprendizagem, mas um elemento essencial na construção do conhecimento e do bem-estar das crianças. O projeto pedagógico de nossa escola valoriza o contato direto com o meio ambiente, reconhecendo que essa relação fortalece não apenas a curiosidade e o senso de pertencimento, mas também a responsabilidade ambiental desde a infância. O espaço escolar é pensado para que a natureza esteja presente no dia a dia das crianças, seja na horta agroecológica, nos jardins, nas árvores que garantem sombra e conforto térmico, ou nos espaços abertos para brincadeiras e investigações. Além disso, a sustentabilidade é um princípio que orienta práticas institucionais e pedagógicas, integrando ações concretas ao currículo e criando uma cultura de respeito e cuidado com o planeta.



Nos últimos anos, a be.Living tem aprofundado ainda mais suas discussões sobre a emergência climática e a necessidade de formar cidadãs e cidadãos conscientes e atuantes. Em 2025, esse compromisso ganha uma nova dimensão com a realização da COP no Brasil. A COP – sigla para Conferência das Partes, é um evento anual que reúne os países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e é o principal fórum global para discutir e implementar ações climáticas.
“Realizamos, no início do ano, uma reunião com as professoras e os professores para discutir a COP, entender seu impacto e trazer questões específicas desse evento global para o nosso contexto”, explica Lívia Ribeiro, idealizadora e diretora da Reconectta, e consultora de sustentabilidade da nossa escola. A be.Living faz parte do movimento Escolas pelo Clima e possui o selo nível 5 – o mais alto da certificação, reforçando sua atuação na agenda climática. Agora, com a COP acontecendo no país, os projetos começam a ser desenhados com ainda mais profundidade, impulsionando ações e reflexões sobre a crise ambiental e a necessidade de adaptação e mitigação dos impactos climáticos.



Além de preparar as crianças para um mundo em transformação, a be.Living também busca transformar o próprio espaço escolar em um ambiente mais sustentável e resiliente. Os chamados “espaços de adaptação climática” são fundamentais nesse processo. “Esses espaços são mecanismos para lidarmos com as consequências da emergência climática”, explica Lívia. “Ter árvores na escola, por exemplo, cria áreas mais protegidas do calor extremo. Pequenas florestas urbanas ajudam na drenagem da água da chuva, reduzindo riscos de enchentes.” Na be.Living, a presença da natureza não apenas promove qualidade de vida e aprendizagem para as crianças, mas também contribui ativamente para a sustentabilidade do planeta, demonstrando como pequenas ações locais podem ter um impacto significativo no equilíbrio ambiental.
A escola também desenvolve e aprimora continuamente práticas sustentáveis que incentivam a mitigação dos impactos ambientais. Projetos como a compostagem, a coleta seletiva, a cisterna para captação da água da chuva e a Segunda Sem Carne são incorporados à rotina escolar, garantindo que as crianças aprendam de forma prática sobre consumo consciente e preservação dos recursos naturais. “A be.Living sempre se propôs a desenvolver práticas para mitigar e se adaptar às mudanças climáticas. E as estudantes e os estudantes estão sempre muito envolvidos nesses projetos”, conta Lívia. Essas iniciativas não apenas reduzem a pegada ecológica da escola, mas também ensinam às crianças sobre a importância da responsabilidade coletiva e do engajamento na busca por soluções sustentáveis.


Para que a educação climática seja eficaz, é essencial que toda a comunidade escolar esteja engajada nesse processo. Educadoras, educadores e equipe administrativa passam por formações constantes, garantindo que o tema da sustentabilidade seja um eixo transversal em todas as áreas do conhecimento e nas práticas cotidianas. As famílias também são convidadas a participar, seja nos eventos organizados pela escola, nos projetos desenvolvidos com as crianças ou nas campanhas de conscientização. “As famílias acabam sendo envolvidas naturalmente, nos eventos, nas ações e no dia a dia das crianças”, destaca Lívia. Essa participação fortalece o compromisso coletivo e amplia o impacto das iniciativas sustentáveis, criando uma rede de aprendizado que vai além dos muros da escola.
Os projetos de sustentabilidade da be.Living seguem em expansão. Em 2024, a horta da Educação Infantil cresceu, com mais canteiros e caixotes, enquanto no Ensino Fundamental um viveiro de mudas foi criado. O projeto de reflorestamento com árvores nativas da Mata Atlântica, realizado em parceria com uma ONG especializada, será mantido este ano, incentivando as crianças a atuarem diretamente na recuperação ambiental. Além dessas iniciativas já consolidadas, novas ações estão em fase de planejamento.


Mais do que ensinar sobre sustentabilidade, essas práticas transformam o aprendizado das crianças, tornando-o mais significativo e conectado com o mundo real. É importante reiterar, ainda, que contato frequente com a natureza traz benefícios para o bem-estar físico, emocional e social, estimulando criatividade, autonomia e senso de pertencimento. “Essas experiências colocam as crianças numa posição ativa, onde elas não apenas aprendem sobre os desafios ambientais, mas também propõem soluções”, explica Lívia. “Isso as prepara para um futuro que será desafiador, garantindo que tenham as competências, os valores e a inteligência emocional necessários para navegar nesse cenário.”
Na be.Living, a educação climática não é uma disciplina isolada, mas um princípio que atravessa todas as dimensões do cotidiano escolar. Ao proporcionar experiências reais de conexão com a natureza e envolver crianças, equipe educadora e famílias nessa jornada, a escola não apenas ensina sobre sustentabilidade, mas a pratica, transformando a educação em um ato concreto de esperança e ação para o futuro.