“Educar é impregnar de sentido o que fazemos a cada instante”. A afirmação do educador Paulo Freire faz muito sentido dentro da concepção de ensino-aprendizagem que propomos em nossa escola. Afinal, na be.Living, acreditamos que educar é construir, com cada criança, um percurso singular de aprendizagens, experiências e olhares para o mundo.
Nesse sentido, o construtivismo é um referencial teórico que norteia a nossa prática educativa. É uma referência de investigação de como podemos ensinar, como explica nossa coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental, Gabriela Fernandes:
“O construtivismo não é uma metodologia. Ele não tem uma forma. Ele é uma referência teórica que vai norteando nosso olhar de educador para observarmos como cada criança aprende, para compreendermos que cada uma delas aprende de um jeito diferente. E ele vai dando embasamento para trilharmos os nossos caminhos neste percurso da educação”.
Gabriela diz que o construtivismo enfatiza que o ensino deve ser significativo para quem está aprendendo. “Precisamos olhar para o processo educativo de uma forma que a criança o perceba. Ele tem que ter significado, tem que fazer sentido para ela”.
Dentro desta concepção, a proposta é que a escola não se limite a ensinar somente conceitos, como adição ou subtração, por exemplo, mas que ofereça para a criança a oportunidade de ela aprender a fazer as coisas – ou seja, aprender esses conceitos – mas, também, as melhores atitudes para fazê-las. “A criança está no mundo e na escola para aprender a ser um ser social. Tudo o que fazemos na escola está pautado nessa ideia: de que estamos educando um ser social que tem que aprender a se relacionar com o conhecimento e com os conteúdos que a escola está colocando para ele”.
Nesse contexto, o professor é uma peça-chave. Ele assume o papel de pesquisador, que receberá, a cada ano, um novo grupo, para o qual desenvolverá um novo olhar, assim como para o currículo. “Em uma proposta educacional que tem como norte o construtivismo, o professor vive um processo autoral. Ele vai olhar para o currículo e pensar: como este currículo atenderá da melhor forma esse grupo de crianças? Como essas crianças vão fazer um caminho para aprender o que está posto neste currículo?”.
Aqui na be.Living, ao mesmo tempo em que trazemos o construtivismo como um referencial teórico, trazemos, também, o que entendemos como fundamental para um processo de aprendizagem. “Dentro da nossa escola, por exemplo, fazemos avaliações com as crianças a partir do terceiro ano do Ensino Fundamental. Entendemos que a avaliação é um instrumento que ainda norteia todo o processo educativo no Brasil. Então, nós vamos ensiná-los a fazer avaliações. Eles vão aprender a viver um processo avaliativo e a se relacionar com a avaliação como um instrumento de autorregulação de sua aprendizagem” – afirma a coordenadora.
Fazemos uso de material didático, mas o grande carro-chefe em nossa proposta de ensino-aprendizagem são os projetos. “Quem norteia a nossa escola, o nosso currículo, são os projetos. O material didático dá subsídios para realizarmos os projetos da melhor maneira possível. É um desafio porque aumenta muito a quantidade de trabalho, mas entendemos, assim como a nossa comunidade, que esse é o nosso caminho. O professor usa o material didático como apoio, para melhor atender as necessidades do seu grupo, considerando o conhecimento prévio das crianças e, a partir de então, traçando os objetivos de aprendizagem para aquele ano e aquela turma”.
Nessa estratégia, o educador tem como focos de suas intervenções a observação atenta, o estímulo e a mediação dos processos individuais e do grupo, criando situações de aprendizagens significativas que despertem e mantenham vivos a curiosidade e o desejo de cada criança por conhecer!