A diferença entre adaptação e acolhimento

Para a criança, chegar na escola pela primeira vez é algo muito forte. Ela está entrando em um espaço desconhecido, totalmente diferente do ambiente de sua casa, com pessoas  – adultos e crianças, que ela ainda não conhece, e com muitas possibilidades de estímulos, brincadeiras e interação. Diante desse mundo novo e gigante, muitos sentimentos acontecem dentro dela. Por isso, na be.Living, olhamos com profundo respeito para esse momento dos pequenos e entendemos que o processo de chegada da criança na escola não deve ser visto como uma adaptação mas, sim, como um acolhimento.

“Adaptação pressupõe que a criança seja adaptada a algo externo, algo que é rígido e já está posto para ela. Na verdade, nós entendemos que deve ser o contrário. Nossa escola faz toda uma organização para essa criança que está chegando, as professoras se preparam para receber cada uma delas, considerando que seus processos são diferentes, que os seus tempos são diferentes e que suas necessidades são únicas. O externo se movimenta para acolher a criança. Assim, a ideia não é que criança se acostume à uma imposição de rotina ou de ritmo. A ideia é que a criança chegue devagarinho e seja recebida com muito carinho, que ela tenha uma atenção individual e que seu tempo de chegada seja respeitado” – explica Camila Maia, coordenadora da Educação Infantil da be.Living.

 

Para que esse olhar individual à criança possa acontecer efetivamente na prática, a be.Living tem nas salas, durante todo o período de acolhimento, além da professora e da assistente, outros membros da equipe acompanhando de perto cada criança. Assim, em seus momentos de curiosidade, elas podem, acompanhadas desse adulto, conhecer o espaço, explorar cada cantinho da escola e participar de outros processos mesmo quando seu grupo estiver participando de outra atividade com a professora. Durante esse início, elas ficam acompanhadas, também, por um adulto que seja uma referência de segurança para elas: a mãe, o pai, a babá ou a avó, por exemplo. A presença desse adulto autoriza a criança a explorar, brincar, conhecer e experimentar esse novo espaço. Com o tempo, esse adulto vai se distanciando aos poucos do processo. Ele ainda continua na escola mas a criança começa a ir desassociando a escola desta pessoa. No momento em que as professoras percebem que a criança está segura e confortável e que já estabeleceu um vínculo de confiança com um adulto de nossa equipe, ela começa a se despedir dos pais, e o tempo de permanência na escola pode ser aumentado. 

“Nesse período inicial, quando a criança começa a ficar sozinha na escola, ficamos muito atentos para perceber se as crianças estão mais cansadinhas ou quando começam a perguntar sobre o papai e a mamãe. Quando entendemos que, para ela, não está sendo mais prazeroso estar aqui, ligamos para a família e antecipamos a saída da criança. Com o tempo, as crianças vão construindo esse vínculo afetivo com a escola, com os educadores e com os pares, e vão construindo, também, uma percepção de rotina: quais são os eventos que acontecem, quem são os adultos envolvidos em cada um desses eventos, quais são os procedimentos referentes a estes momentos. Dessa forma, as crianças também vão aprendendo a se organizar no tempo que elas passam aqui e isso vai dando mais segurança para elas e, consequentemente, um maior sentimento de pertencimento”, conta Camila.

Durante todo esse processo de acolhimento às crianças, a be.Living faz um trabalho de acolher, paralelamente, as famílias das crianças. “Muitas vezes, são os pais quem mais precisam de um colo. É fundamental que as famílias se sintam acolhidas nesse processo porque a grande maioria dos pais está vivendo pela primeira vez a experiência de ver o filho ou a filha num ambiente fora do ambiente familiar. Isso gera muitos sentimentos como angústia, ansiedade, preocupação e, principalmente, muitas expectativas. É muito importante que estejamos ao lado dessas famílias porque, em geral, elas se frustram. Pois a realidade nunca é como o imaginado. As famílias precisam de orientação, de entender os motivos que levam as professoras a tomarem determinadas decisões e, como são a referência de segurança e de seres humanos para as crianças, precisam estar seguros para viver esse processo e transmitir essa segurança para os filhos. As crianças são muito sensíveis, se a mãe estiver com o coração apertado, ela vai sentir e não vai ficar bem. Mas o pai e a mãe só vão conquistar essa segurança se tiverem a possibilidade de estar aqui com a gente, vivendo o dia a dia, conhecendo a professora, percebendo que há carinho e respeito nesse espaço e conversando com nossa equipe sobre seus sentimentos. A confiança na escola, tanto por parte dos pais como das crianças, é construída somente com tempo”.

Na be.Living, acreditamos que ofertar esse acolhimento de forma cuidadosa e cheio de carinho nesse momento de iniciação marcará, para sempre, a trajetória de estudante dessas crianças. Quando essa primeira experiência de aprendizagem acontece de maneira acolhedora, os pequenos criam um vínculo afetivo e duradouro não somente com a escola mas, também, com o próprio processo de construção do conhecimento.

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