2021 foi um ano de muitos desafios, mas foi, sem sombra de dúvidas, um ano muito especial, de muita esperança e de realizações significativas. Afinal, foi o ano em que as crianças puderam retomar o espaço da escola, com tudo o que a escola pode oferecer de bom para elas: um espaço que educa, que desafia, que proporciona trocas de profunda importância, que gera memórias e aprendizagens para o resto de suas vidas. Para revisitar 2021 e saber um pouco mais sobre a relevância desse ano escolar, conversamos com as diretoras da be.Living, Analívia Lacerda e Patricia Pavan. Acompanhe agora a entrevista 😉
bL: Como foi para vocês ver novamente, depois de tanto tempo, a escola preenchida da energia das crianças, com o retorno do ensino 100% presencial?
Analivia: A escola só faz sentido se ocupada pelas crianças. Poder recebê-las 100% presencialmente, mesmo que com protocolos, foi um enorme alívio depois de tanto tempo de atividades remotas e restrições. Percebemos em cada criança a importância de retomar este espaço que educa, desafia e proporciona muita aprendizagem.
Patricia: Foi muito bom ver cada cantinho da escola sendo ocupado por conversas, brincadeiras, investigações e novas descobertas. O barulhinho no ambiente, os corpos se encontrando, a sujeira de barro no chão… Tudo isso nos aproximando de uma realidade mais parecida com a que desejamos!
bL: Quais foram os principais desafios deste retorno?
Analivia: Acho que um dos maiores desafios foi dividir a escola em grupos que não podiam se encontrar por conta do rastreamento. Somos uma escola pequena e a interação entre grupos é algo muito rico para nós. Outro grande desafio foi monitorar todas as crianças que apresentavam algum sintoma, já que a Covid tem uma gama enorme de sintomas que se confundem com outras doenças infantis.
Patricia: Também teve o processo de voltar gradualmente para uma rotina integral. Foi bastante exigente pensar em uma proposta híbrida que fizesse sentido dentro de tudo o que acreditamos com relação à educação, significado e processo de aprendizagem. Não posso deixar de mencionar, também, a máscara, que mudou a forma de nos relacionarmos e nos comunicarmos.
bL: Quais foram as grandes conquistas?
Analivia: Acho que a importância da escola e das relações interpessoais ficou muito forte nessa pandemia. Somos seres gregários, precisamos de interação para crescer e a escola é o espaço que desafia, estimula e proporciona esta interação.
Patricia: Sim. Aprendemos, também, a nos conectar virtualmente e nossas professoras e crianças saíram fortalecidas desse processo, tornando-se pessoas mais conhecedoras dos recursos digitais. Construímos uma comunidade de aprendizagem. A parceria das famílias foi fundamental para que pudéssemos continuar o processo educativo das crianças, mesmo fora do ambiente escolar. Reinventamos a educação e esse movimento fortaleceu cada um e cada uma de nossa equipe.
bL: Como foi, recentemente com a Art Fair e com a MAC, abrir novamente as portas da escola para as famílias? Qual a importância de ter a família pertinho das crianças e da escola?
Analivia: Acreditamos muito que a educação se faz em parceria com as famílias. Tê-las de volta à escola foi muito significativo para nós e, principalmente, para as crianças, que puderam compartilhar suas conquistas e ter seu trabalho validado por seus familiares.
Patricia: Não acreditamos em escola sem a parceria da família. A aprendizagem só faz sentido quando compartilhada, por isso, as portas da escola estão sempre abertas para a nossa comunidade. A MAC e a Art Fair são propostas que dão visibilidade para as conquistas de nossas crianças e estudantes. Receber as famílias na escola e compartilhar todas as experiências e descobertas das crianças com elas, fecha o ciclo do que entendemos ser uma aprendizagem significativa.
5. Olhando para trás, como vocês avaliam o ano de 2021?
Analivia: Uau! pode colocar um suspiro aqui? (as duas suspiram e riem…). Apesar de todos os desafios, acho que 2021 ainda foi muito melhor do que 2020. Estar na escola, mesmo em condições tão árduas, foi muito melhor do que não ter esta opção! Somos privilegiados por poder ter a escola de forma remota, mas o ensino remoto jamais substituirá a escola presencial.
Patricia: 2021 foi um ano de muitos desafios. Entendi que mais exigente do que fazer tudo novo, está sendo viver uma escola aproximada, mas bem diferente do que estávamos habituadas. Aprendemos muito e finalizamos o ano com um gostinho de alegria e com muita esperança para um 2022 ainda melhor!