Tikuna, Tapayuna, Kayapó, Cinta Larga. Esses são os nomes de alguns dos povos indígenas estudados pelas crianças do Year 3, do Ensino Fundamental I, nos primeiros meses do ano. Entender como vivem pessoas de diferentes aldeias e conhecer mitos indígenas fez parte, respectivamente, dos projetos de Ciências Sociais e de Língua Portuguesa do grupo.
No mês de maio, para enriquecer as pesquisas das crianças, a be.Living convidou a jornalista Maria Fernanda Ribeiro para participar de uma manhã com elas. Maria Fernanda deixou a vida e o emprego fixo em São Paulo para conhecer e compartilhar as histórias dos povos da floresta: índios, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, pescadores, produtores de açaí.
Ela conta sobre suas vivências no blog Eu na floresta – Quem são e como vivem os povos da Amazônia e, na manhã do dia 11 de maio compartilhou com os meninos e meninas do Year 3 um pouco dessas histórias. O grupo se interessou principalmente em saber como vivem as crianças dos povos que Maria Fernanda conheceu. Caio e Marco, alunos da turma, dizem que o que mais os surpreendeu foi saber que para alguns indígenas é natural que as crianças participem com as famílias de trabalhos como pesca, descascar alimentos, e para isso usar instrumentos como o facão. “A partir dos três anos elas já cortam batata!”, comentam eles.
Outro fato que chamou a atenção das crianças foi ver as similaridades das roupas utilizadas pelos indígenas com que as que elas utilizam no dia a dia. “Os índios não usam só saias, usam roupas como nós, e também moram em casas de taipa, de tijolo, não só em ocas”, conta Caio.
A visita da jornalista Maria Fernanda Ribeiro ao Year 3 contribuiu para mostrar para as crianças quem são os povos nativos do Brasil e quebrar estereótipos que foram sendo construídos ao longo do tempo. “A partir do olhar da Maria Fernanda, os meninos e as meninas puderam ampliar a consciência de que esses povos indígenas, que foram os primeiros habitantes do nosso país, ainda existem, e que o modo de vida deles se modificou ao longo do tempo assim como o nosso”, afirma Gabriela Fernandes, coordenadora do Ensino Fundamental I da be.Living.