A parceria com as famílias é um ponto muito importante no projeto de educação da be.Living. Temos a certeza de que a constante troca entre a escola e as famílias, e o engajamento dos familiares nos processos escolares, fortalecem o processo educativo e formativo das crianças. Por isso, buscamos manter vivos o diálogo sincero e a escuta aberta, agindo em conjunto com as famílias, respeitando divergências que possam existir, tendo sempre em vista favorecer o crescimento de cada criança. Como escola, afirmamos que estamos sempre aprendendo com esse canal mútuo de colaboração.
Com base nesses princípios, realizamos um trabalho muito cuidadoso de comunicação, para que as informações referentes às crianças e aos trabalhos que desenvolvemos na escola cheguem com clareza e profundidade aos familiares.
“Quando pensamos em parceria, pensamos em construção coletiva. Para que as famílias possam efetivamente contribuir com o processo de ensino-aprendizagem de suas crianças, elas precisam saber o que está acontecendo aqui na escola, precisamos informá-las. Neste sentido, realizamos algumas frentes de comunicação” – explica Camila Maia, coordenadora pedagógica da Educação Infantil da be.Living.
A coordenadora diz que, mensalmente, as professoras preparam um documento chamado ‘Notícias do Mês’, em que contam para as famílias sobre o percurso das crianças, destacando o que de mais relevante aconteceu para elas. “Enviamos textos com fotos e relatórios sobre o desenvolvimento das crianças, compartilhando os caminhos que estão sendo percorridos pelos grupos”.
Camila ressalta que a tecnologia também é uma aliada na transmissão das informações que devem chegar para as famílias. “Uma comunicação diária com as famílias acontece por meio do aplicativo Class App, através do qual é possível comunicar assuntos mais práticos relativos à rotina das crianças. Já as redes sociais possuem um papel muito importante no sentido de trazer as famílias mais para perto de momentos significativos de aprendizagem das crianças”.
A coordenadora explica que através das redes sociais, é possível dar o tom do que está sendo vivenciado pelas crianças no chão da escola. Recortes, cenas e registros de diferentes interações, vivências e aprendizagens ajudam a transportar as famílias para as experiências significativas que seus filhos e filhas estão tendo no ambiente escolar. Através das palavras, a equipe de comunicação da be.Living busca transparecer todo o significado e afeto que permeia o trabalho da escola com as crianças. No Blog da be.Living, hospedado no site da escola, matérias e entrevistas relacionadas ao contexto escolar permitem que as famílias se aprofundem sobre os conceitos que norteiam o nosso trabalho, compreendendo sobre o que está por trás de cada uma de nossas propostas educacionais.
“Todos estes meios são muito importantes dentro deste trabalho de comunicação, mas nada disso substitui o contato ao vivo e olho no olho com as famílias. Essa parceria se fortalece nos momentos de entrada e saída das crianças da escola, no constante diálogo com a nossa equipe de educadores, nos momentos de reuniões coletivas e individuais, no acompanhamento das produções pedagógicas, na participação das famílias nos eventos da escola, ou seja, em todas essas trocas que vão acontecendo ao longo do ano quando estamos juntos, acompanhando de perto o processo de desenvolvendo emocional e cognitivo das crianças”.
Camila afirma que, nessas trocas, é importante comunicar para as famílias as minúcias observadas no dia a dia, desde os processos de aprendizagem até os aspectos emocionais e de convívio das crianças. “Entendemos que tudo o que está relacionado à criança é importante comunicar, como, por exemplo, no caso da criança não ter se sentido bem em alguma situação, ou quando percebemos que ela está mais sensível, vivenciando um momento de desafio. Mantemos esta conexão permanente com as famílias para que possamos pensar nos detalhes desses processos que envolvem os sentimentos e também as aprendizagens”.
Segundo a coordenadora, há, também, uma comunicação muito importante no que diz respeito a tornar visível as aprendizagens das crianças. “É importante dizer que a aprendizagem que elas estão tendo é relevante para a vida delas e que essa aprendizagem se transpõe para sociedade. Nós valorizamos e potencializamos o que a criança está aprendendo, fazemos com que ela entenda que aquilo que ela pensa e faz tem muita importância, e é relevante para um contexto maior. Compartilhando sobre os projetos, sobre as vivências, sobre as trocas que as crianças fazem, sobre os materiais que elas estão usando ou sobre aquilo que elas estão produzindo, comunicamos para as famílias sobre a relevância de tudo o que elas estão fazendo aqui na escola. Fazemos com que as famílias olhem para os seus filhos como produtores de conhecimento e de cultura. Isso é muito importante porque, muitas vezes, pode-se ter uma crença a respeito da Educação Infantil de que a criança é pequenininha e só vai para a escola para brincar. Através dessa comunicação, nós ensinamos as famílias sobre as aprendizagens das crianças, informando o que as crianças estão aprendendo e quais são os conteúdos que estão aparecendo nas brincadeiras. O brincar é fundamental para que a criança se desenvolva emocionalmente e cognitivamente e traz em cada proposta conceitos diversos que vão sendo construídos nessas interações com o ambiente, com os materiais, entre os pares e os adultos da escola”.
Camila ressalta que a comunicação das individualidades é um marco que diferencia o trabalho da be.Living. “A comunicação com as famílias acontece do macro para o micro. Nós vamos contando sobre o que o grupo está fazendo e sobre o que se espera deste grupo de determinada faixa etária, mas essa comunicação das individualidades é muito importante. Aqui, trabalhamos com grupos pequenos, o que nos permite ter um olhar muito específico para o que cada criança está vivendo. Às vezes, temos uma expectativa de um grupo etário, mas pode haver uma criança neste grupo que esteja vivendo um momento diferente que precisa ser olhado. Nesta comunicação com as famílias, buscamos entender como estão as coisas em casa em também. Este tipo de conversa fortalece muito o nosso trabalho enquanto educadores e dá a oportunidade para as famílias atuarem com seus filhos em casa. Entendemos que a comunicação em âmbito individual deve ser uma via de mão dupla. A escola comunica e ao mesmo tempo encoraja que as famílias nos comuniquem sobre seus questionamentos, sobre seus encantamentos, sobre seus desconfortos, porque a chave de nossa prática de comunicação é que ela seja transparente e nesse lugar de construção coletiva. Não fazemos nada apenas considerando o nosso viés. Sempre consideramos muito o que as famílias têm a nos dizer”.
